assim, de improviso
sairá um poema
torto, impreciso
sem significado especial
só um exercício de dizer
algo estranho e banal
escrever algo liso
contra as rugas do cotidiano
riscar um pano
com desenhos abstratos
ou a figura de um coreano
de olhinhos espremidos, quase fechados.
by Zé.
sexta-feira, novembro 20, 2009
quinta-feira, outubro 15, 2009
Poeminha do contra
Todos estes que aí estão
atravancando o meu caminho,
Eles passarão. Eu passarinho!
(Mário Quintana)
atravancando o meu caminho,
Eles passarão. Eu passarinho!
(Mário Quintana)
segunda-feira, outubro 12, 2009
De Alberto Caeiro:
"Sejamos simples e calmos,
Como os regatos e as árvores,
E Deus amar-nos-á fazendo de nós
Belos como as árvores e os regatos,
E dar-nos-á verdor na sua primavera,
E um rio aonde ir ter quando acabemos!..."
Como os regatos e as árvores,
E Deus amar-nos-á fazendo de nós
Belos como as árvores e os regatos,
E dar-nos-á verdor na sua primavera,
E um rio aonde ir ter quando acabemos!..."
sábado, outubro 10, 2009
Just a note...
As flores brotam em mim
E nem chegou a primavera.
Darei-te todo o meu jardim
Hoje, amanhã e em outras eras!
E nem chegou a primavera.
Darei-te todo o meu jardim
Hoje, amanhã e em outras eras!
sábado, setembro 26, 2009
Vandalismo
Meu coração tem catedrais imensas,
Templos de priscas e longínquas datas,
onde um nume de amor, em serenatas,
canta a aleluia virginal das crenças.
na ogiva fúlgida e nas colunatas
vertem lustrais irradiações intensas
cintilações de lâmpadas suspensas
e as ametistas e os florões e as pratas.
como os velhos Templários medievais
entrei um dia nessas catedrais
e nesses templos claros e risonhos...
e erguendo os gládios e brandindo as hastas,
no desespero dos iconoclastas
quebrei a imagem dos meus próprios sonhos!
(Augusto dos Anjos)
Templos de priscas e longínquas datas,
onde um nume de amor, em serenatas,
canta a aleluia virginal das crenças.
na ogiva fúlgida e nas colunatas
vertem lustrais irradiações intensas
cintilações de lâmpadas suspensas
e as ametistas e os florões e as pratas.
como os velhos Templários medievais
entrei um dia nessas catedrais
e nesses templos claros e risonhos...
e erguendo os gládios e brandindo as hastas,
no desespero dos iconoclastas
quebrei a imagem dos meus próprios sonhos!
(Augusto dos Anjos)
terça-feira, setembro 22, 2009
Na janela
Eu acredito em Deus, no amor, no poeta, no deserto, no vaso de flores na janela, no batom borrado, no seu olhar marcado e inclusive no passarinho que voou longe e que não pude fotografar.
(Não entendo. Cansei de tentar entender. Peguei os remos do bote e joguei para longe... Vi que a correnteza é mais forte que minhas braçadas.)
(Não entendo. Cansei de tentar entender. Peguei os remos do bote e joguei para longe... Vi que a correnteza é mais forte que minhas braçadas.)
sábado, setembro 12, 2009
O Segundo Ensaio
Falávamos do prazer que vem do choro. Ele disse que era alívio. Eu disse que não. Alívio também, mas o prazer está em provar do sofrimento.
-... então, existe dor mesmo num choro de alegria? Perguntou ele.
- Sim a dor sempre está.
- Não está em mim agora. Questionou ele.
- É, não está. Está em mim, o que é quase o mesmo.
- Então começarei a sangrar?
- Em alguns minutos.
-... então, existe dor mesmo num choro de alegria? Perguntou ele.
- Sim a dor sempre está.
- Não está em mim agora. Questionou ele.
- É, não está. Está em mim, o que é quase o mesmo.
- Então começarei a sangrar?
- Em alguns minutos.
terça-feira, setembro 08, 2009
A transfiguração da noite:
Distúrbios e encantos
improvisados na estrada do tempo.
Eu e tu, por aqui.
improvisados na estrada do tempo.
Eu e tu, por aqui.
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